Diane Arbus
Diane Arbus foi uma fotografa norte-americana com bastante renome no mundo da moda mas que transformou o mundo da fotografia com seu olhar único e quebra de paradigmas. Através da fotografia ela procurou trazer representatividade e normalização de e grupos considerados marginais. Essa quebra com o convencional fez com que ela transformasse a arte da fotografia e sua influência pode ser vista ate hoje nas obras de grandes artistas.
Ela nasceu em 1923, filha de emigrantes judeus da Rússia Soviética. Sua família eram donos da renomada loja Russeks na quinta avenida e devido as suas riquezas, Eles não sofreram com a Grande Depressão. No entanto, Diane teve uma vida bastante solitária apesar de ter vários irmãos, já que os pais eram completamente ausentes e ela foi criada pelas babas.
Em 1941, aos 18 anos, ela se casou com Allan Arbus, quem foi responsável por fomentar o lado artístico de Diane e apresentou ao mundo da fotografia. Juntos formaram uma bem-sucedida empresa de fotografia na qual ela assumiu o papel de diretora de arte. Apesar de trabalhar para revistar como Glamour, Vogue e Seventeen, tanto Diane como Allan detestavam o mundo da moda. Diane sempre procurou por algo mais e o encontrou ao estudar com o renomada fotografa Lisette Model, conhecida por suas fotografias humanista de fotografia da rua. Lisette incentivou a Diane a procurar sua própria identidade e explorar mais.
Após disso ela começou a perambular pelas ruas de Nova Iorque encontrando seus temas por casualidade. A Idea de identidade pessoal como sendo algo socialmente construído era muito presente nas suas obras. Ela tinha um fascínio por strippers, pessoas do circo, drag queens, cross dressers, pessoas com incapacidades físicas e mentais e todos aqueles que normalmente não eram socialmente bem aceitos. Se acredita que esse fascínio veio da vida extremamente protegida que ela teve e a necessidade de sentir e ver o mundo por outra perspectiva.
Eventualmente Diane e Allan se separaram mas mantiveram uma relação muito próxima mesmo assim. Com tempo Diane saiu da empresa e focou na sua própria fotografia sendo convidada para fazer trabalhos para Esquire, Harper’s Bazaar e The Sunday Times Magazine para citar alguns.
Diane tinha um estilo de fotografia bem direto e simples, normalmente retratos frontais em formato quadrado, no entanto seu uso revolucionário de flash durante o dia fez com que se criasse um foco maior em aquilo que ela estava fotografando ao mesmo tempo que dava um ar de surrealismo.
Seu renome foi crescendo e recebeu vários prêmios como o Guggenheim Fellowship assim como varias propostas e exibições em grandes museus como o Museu de Arte Moderna. Ela também ensinou fotografia no Parsons school of design, Coper Union e Rhode Island School of Design. Mesmo assim, continuou tendo dificuldade com pagar as contas pois a medida que sua fama foi crescendo menos trabalhos ela recebia.
Outra conquista de Diane foi a de ser primeira fotografa e ser destacada na revista Artforum. Ate então a fotografia n’ao era conceituada como um meio artístico, assim mudando a percepção da fotografia par um meio artístico de importância e seriedade.
Infelizmente, ao igual que sua mãe ela lutou a vida inteira com episódios de depressão e terminou suicidando-se com apenas 8 anos de idade. Apesar da sua triste morte, ela deixou um legado incontestável. Sua influência não ficou só na fotografia, mas escoou para outros meios também, como por exemplo o cinema. A famosa cena das gêmeas no filme de The Shinning de Stanley Kubrick for inspirado por uma das obras de Diane. Quem estiver interessado em saber um pouco mais sobre esta pioneira aconselho assistir o filme Fur de 2006 estreando Nicole Kidman e Robert Downey Junior.