Primeiro livro de Agatha Christie, “O Misterioso Caso de Styles”, completa 100 anos
Autora mais publicada da história, Agatha Christie lançou bases para as modernas histórias de detetive. Milhões de leitores ao redor do mundo já quebraram a cabeça buscando adivinhar quem é o assassino, qual o motivo do crime, como foi cometido o delito. O que muitos leitores não sabem é que tudo isso começou há 100 anos, com uma aposta.
Agatha fora desafiada por sua irmã Madge, que duvidou que a nossa autora pudesse escrever uma história de detetive (ora, vejam só) e, em resposta, dedicou boa parte de seu tempo livre quando atuava na botica de um hospital, um emprego muito tranquilo, quando comparado à sua experiência anterior como enfermeira voluntária na Primeira Guerra Mundial.
Em sua autobiografia, Agatha Christie fala de como decidiu por narrar um caso que parecia levar a várias possibilidades, inaugurando assim uma fórmula que a tornaria uma das autoras mais populares da história da literatura mundial. Além disso, o ambiente de trabalho, repleto
de venenos, influenciou na sua decisão de fazer com que o assassinato cometido em seu primeiro livro fosse por envenenamento.
“O misterioso caso de Styles” não foi um sucesso imediato. Recusado por seis editoras britânicas, foi publicado pela primeira vez em outubro de 1920 nos Estados Unidos. Só no ano seguinte houve uma edição inglesa, que completa 100 anos. É uma ótima dica de leitura também para os dias atuais.