Katharine Jonhson, NASA e a história de uma mulher negra explorando o espaço – Talent Language

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14 de dezembro de 2020

Katharine Jonhson, NASA e a história de uma mulher negra explorando o espaço

Na década de 60 o mundo estava vivendo o apogeu da Guerra Fria e, conjuntamente, a grande corrida espacial, disputa exacerbada travada entre a União Soviética e os Estados Unidos pela supremacia na exploração espacial. Os Estados Unidos vinham perdendo esta disputa até que no dia 20 de fevereiro de 1962, John Glenn se transformou no primeiro americano a orbitar a Terra. Porém, o que poucos sabem é que isso só foi possível graças à coragem, determinação e genialidade de uma mulher negra chamada Katherine Johnson. Foi ela que através do conhecimento da matemática e uso da geometria conseguiu calcular a trajetória da nave para orbitar a terra e cujos cálculos, posteriormente, levaram Neil Armstrong à Lua.

 Katherine Johnson foi uma mulher extraordinária, além do seu tempo; que, trabalhando para NASA nas décadas de 50 e 60, teve que superar várias barreiras sociais como a discriminação racial. Ela nasceu em West Virginia, em 1918. Katherine sempre foi apaixonada pela matemática e com uma mente rápida e inquisitiva, concluiu a escola com 14 anos de idade. Aos 15, ela ingressou na faculdade e com 18 formou-se em matemática e Francês na West Virginia State College (tradicionalmente frequentada por negros). Encorajada por um de seus professores, ela se dedicou à pesquisa na faculdade e, em 1939, foi a primeira mulher negra a frequentar a West Virginia University. Quando casou e teve filhos, Katherine largou a pesquisa e estudos para se dedicar à família. No entanto, quando o marido adoeceu, ela se viu na necessidade de voltar a trabalhar.

 Aos 34 anos de idade ela viu que a NACA (depois se transformou em NASA, em 1958) estava contratando mulheres negras para resolver problemas matemáticos complexos. Estas mulheres eram chamadas de computadores, pois na época todos os cálculos eram feitos à mão e elas era responsáveis por fazer e corrigir cálculos para testes de vôo. Katherine foi rejeitada, mas ela não desistiu. No ano seguinte ela tentou de novo e desta vez foi contratada na Langley Research Facility.

 Ao ingressar, ela teve que se submeter a todas as regras discriminatórias da época, como ter que trabalhar, comer e usar banheiro separado dos brancos. Porém, Katherine sempre soube se impor e imediatamente ganhou destaque entre os outros “computadores”.  Ela sempre teve uma curiosidade insaciável e ânsia pelo conhecimento que a levaram a sempre fazer perguntas e a procurar saber mais sobre o seu trabalho na NASA. Ela começou a participar de reuniões as quais eram só para homens. Eventualmente deixou seu papel como “computador” e passou a integrar equipes que trabalhavam em diferentes projetos espacias da NASA. Mais adiante, se transformou na primeira mulher na Flight Research Division a receber crédito como autora do relatório de pesquisa. Katherine teve um papel determinante na corrida espacial e, sem ela, talvez a história teria sido diferente.

 Em 1986, ela se aposentou e dedicou o resto de sua vida à família e a incentivar jovens nos estudos e na busca pela ciência. Em 2015, o predidente Barack Obama lhe otorgou a medalha da liberdade, a maior honra que pode ser dada a um civil. Posteriormente, a NASA lhe homenageou renomeando a Langley Research Facility para “The Katherine G. Johnson Computational Research Facility”. Katherine faleceu em fevereiro de 2020, aos 101 anos de idade. Seu legado é ímpar e, com certeza, difícil de ser ultrapassado.

Quem quiser saber um pouco mais sobre esta fascinante mulher e sua trajetória, sugiro ler sua autobrigrafia, “Reaching for The Moon”, direcionada a um público mais jovem. Aos que preferirem algo mais adulto tem o livro Hidden Figures (Estrelas Além do Tempo) de Margot Lee Shetterly. Não quer ler? Assista o filme de mesmo nome que conta com a impecável atuação de Taraji P. Henson, além de Octavia Spencer, Janelle Monae, Kevin Costner e Jim Parsons. Garanto que você não vai se arrepender. Ele é tão inspirador quanto o livro!

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